Cominho, do latim cuminum cyminum ou do indu jeera, praticamente dispensa apresentações em terras brasileiras, um parceiro corriqueiro da pimenta-do-reino preta em feiras livres e cozinhas. O cominho é a semente de uma pequena herbácea, planta com estrutura de caule flexível e frágil, nativa de apenas um local, o vale do Rio Nilo, no Egito. Vale mencionar que o Rio Nilo tem sua nascente em Uganda e sua foz na causa desse texto, o Mar Mediterrâneo. Cultivado também no norte da África, na Índia e na China, se popularizou pela Europa na Idade Média e através dos espanhóis chegou a América Latina, onde se adaptou o clima quente da mesma faixa tropical que o local de sua origem.

Cominho / Imagem da internet
O cominho era utilizado como remédio no Egito e na Ilha de Creta (Grécia) há ao menos 4 mil anos. Nos dias atuais é utilizado em banhos, atuando na proteção contra energias maléficas, em chá de suas folhas como estimulante suave para a digestão e como amuleto para os que buscam o amor de um parceiro.
O uso culinário é extenso e as sementes podem ser utilizadas inteiras, moídas, assadas ou fritas. Está presente em preparos em praticamente todos os continentes acompanhando carnes, peixes, legumes, laticínios, embutidos e na mistura de temperos como o Curry.
Recomendo da próxima vez que for a feira, peça para moer separado e utilize com as combinações que vier a mente. Divirta-se.
Quer saber mais?
NORMAN, Jill. Ervas & Especiarias: origens, sabores, cultivos e receitas. Tradução de France Jones. São Paulo. Ed Publifolha, 2012.
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